É essa troca e complexidade que permite que a arquitetura paisagística seja uma especialização tão valorizada para profissionais dessas e outras áreas, já que é necessária uma base sólida de conhecimentos para poder exercer a profissão com sucesso.
Quer entender um pouco melhor essa relação? Continue a leitura!
Cidade viva com a Arquitetura Paisagística
Junto com os conhecimentos de Urbanismo, é a Arquitetura Paisagística que permite criar ambientes vivos nos grandes centros urbanos. Isso significa incluir o verde no cotidiano dos moradores, incentivando a integração social e as atividades ao ar livre, seja na pequena praça do bairro ou no nível macro de toda a cidade.Transformar os espaços públicos em lugares com uso, beleza e funcionalidade é proporcionar mais qualidade de vida e bem-estar à população. Mais que jardins bonitos, é preciso considerar e compreender toda a dinâmica rotineira da cidade.
Além disso, um arquiteto paisagista deve desenhar seus projetos com base em um planejamento de crescimento e expansão da cidade, horizontalmente e verticalmente.
Seleção de espécies compatíveis e harmoniosas
É certo que parte do trabalho do arquiteto paisagista é pensar e escolher as espécies de plantas. A questão é que essa função pode ser um pouco mais complexa do que aparenta. É preciso considerar aspectos como as condições climáticas da região, a competitividade de espécies e a incidência de pragas.Por isso, aquele que opta por uma especialização em Arquitetura Paisagística deve buscar conhecimentos de Agronomia que o habilitem a selecionar as espécies mais adequadas para cada região. Geralmente, o mais acertado é valorizar as plantas nativas e evitar as exóticas, que podem prejudicar o equilíbrio do ecossistema local.
O conhecimento sobre a escolha de espécies também é proveitoso para a recuperação de áreas degradadas, situação muito comum nas grandes cidades. Para regenerar um espaço ambientalmente destruído, é preciso saber quais as melhores plantas para recompor o solo de forma gradativa.
Controle climático e prevenção de inundações
A Arquitetura Paisagística ainda está ligada a alguns pontos essenciais na segurança das cidades, como é o caso da prevenção de inundações, enchentes e desabamentos. A verdade é que, muitas vezes, as tragédias sociais relacionadas a esses fenômenos poderiam ter sido evitadas com uma política integrada entre Paisagismo e Engenharia.A relação entre os dois campos passa pela ideia da prevenção. Um bom exemplo disso seria um planejamento urbano que agregue mais áreas permeáveis na gestão e no uso do solo ou a construção de reservatórios para contenção de enchentes.
Ainda nesse sentido, um bom projeto paisagístico também pode ser importante para equilibrar as temperaturas, já que os termômetros costumam subir um pouco mais nas regiões centrais por causa de um fenômeno chamado “ilha de calor”. Dessa forma, a inclusão de mais árvores e áreas verdes na planta urbana ajuda a deixar o clima mais agradável e ameno.
Complemento de saberes
Um projeto paisagístico é composto por diversas áreas de conhecimento. No entanto, é importante que um profissional qualificado fique responsável pela base do projeto. Essa complementaridade de saberes é importante para garantir que o conjunto da obra seja um sucesso, incluindo segurança, funcionalidade, beleza e bem-estar.Uma boa maneira de se habilitar para desenvolver projetos desse tipo é fazer uma especialização em Arquitetura Paisagística. É importante, no entanto, que o curso cubra esses e outros conhecimentos, necessários para a formação de um profissional completo.
A relação entre Arquitetura Paisagística, Engenharia, Urbanismo, Agronomia e várias outras profissões vai muito além do que abordamos. Afinal, quando falamos de integração entre natureza e sociedade, é importante considerar que passamos por mudanças constantes e, por isso, as relações são sempre atualizadas.
